Cinema de rua é preservado em São Carlos (SP)

Ao contrário da capital, que fechou um dos únicos cinemas de rua, o cine Belas Artes, São Carlos mantém seu cinema de rua em plena atividade através da cinematográfica Casella & Casella, que exibe filmes do circuito nacional de cinema e, também, serve de cenário para a realização de eventos voltados para a cultura são-carlense.



A existência de um cinema de rua em São Carlos fortalece o compromisso da Prefeitura com investimentos em cultura. “Além do fortalecimento do audiovisual da cidade, o cinema de rua fortalece o imaginário e resgata a nostalgia da população de São Carlos. As gerações mais antigas têm boas lembranças de quando iam ao cinema, e este ritual de ir ao cinema está sendo transmitido às gerações mais novas”, diz Telma Olivieri, coordenadora de Artes e Cultura de São Carlos. Graças à parceria com a Prefeitura, é possível realizar as sessões com preços mais acessíveis ao público.



Pedro Casella, dono da cinematográfica Casella & Casella, lembra a importância das prefeituras e do poder público na manutenção e conservação de patrimônios culturais como o cinema de rua. “Se a Prefeitura de São Carlos não tivesse comprado o prédio, o cinema seria apenas um quadro na parede”, lembra.



Telma Olivieri também ressalta a importância de iniciativas tomadas pela Prefeitura para a preservação da cultura e que, esta característica, coloca São Carlos à frente de outras grandes cidades. “São Carlos está na contramão das grandes cidades brasileiras, não só por adquirir o prédio do cinema, mas também por existir um comprometimento da administração do cinema com o poder público. São Carlos talvez seja uma das únicas cidades a valorizar o cinema de rua, destaca. Ela também lembra que, o cinema de rua é mais democrático. “É a valorização do cinema democrático que, por estar localizado no centro, qualquer pessoa pode ter acesso, pois a região é a mais acessível da cidade e, pela freqüência das pessoas, acaba sendo revitalizada”.



A programação do cine São Carlos está disponível no site ou pelo telefone (16) 3307-6006.
Prêmio
O cine São Carlos foi contemplado com o Prêmio Adicional de Renda, promovido pela Ancine (Agencia Nacional de Cinema), que contempla os ganhadores que exibem grande quantidade de filmes nacionais, com um prêmio em dinheiro que deverá ser aplicado na revitalização da sala. Um dos critérios para a escolha dos ganhadores é o cinema possuir no máximo duas salas.



História
A história de São Carlos com o cinema vem de muito tempo. A primeira exibição de filmes aconteceu em 1897, com o cinematográfico Lumière e, em 1969, a cidade realizou o Festival de Cinema Brasileiro de São Carlos. Atualmente, o cine São Carlos comemora dois anos de reinauguração no mês de novembro. O cinema possui capacidade para 540 pessoas e o equipamento de som é o Dolby Digital, que garante um alto nível de qualidade para os frequentadores.

Texto publicado, em 18/01/2011, no site São Carlos Agora.

A cinelândia da Liberdade

Por Lúcia Nagib (Crítica e pesquisadora de cinema, autora de diversos livros sobre cinema japonês, foi professora na Universidade de Campinas. Atualmente leciona na Universidade de Leeds, na Inglaterra.)

A história do cinema no Japão é marcada ao mesmo tempo por inovação e tradição. Nascido ao final do século XIX, pouco depois de se estabelecer na Europa, era fruto tanto do avanço industrial e comercial quanto do teatro tradicional japonês, especialmente o kabuki, que abrigou as primeiras casas de produção de filmes, como a Nikkatsu e a Shochiku. O cinema tornou-se, assim, parte essencial da identidade cultural japonesa, acompanhando até o outro lado do globo aqueles que haviam deixado o Oriente para tentar a sorte no Novo Mundo. Por José Fioroni e Edna Kobori sabemos que curtas-metragens noticiosos ou documentais do Japão circulavam no interior paulista ao longo dos anos 20. O mais antigo registro dessa presença data de 1929, quando foi fundada, por Masaichi Saito, a Nippaku Shinema-Sha (Companhia Cinematográfica Nipo-Brasileira), primeira exibidora comercial de filmes japoneses no Brasil, sediada na cidade de Bauru. A Nippaku passou a importar filmes de ficção de longa metragem, conquistando cada vez mais espectadores na longínqua diáspora.


Cine Jóia: produções da Toho, incluindo obras primas de Akira Kurosawa

A distribuição dos filmes pelo interior paulista se dava pelas estradas de ferro Noroeste, Paulista, Sorocabana e Mogiana que cortavam as lavouras. A própria Nippaku realizou um filme, intitulado Noroeste-sen isshu (1929), documentando essa saga. Conforme informam Fioroni e Kobori, essa atividade cinematográfica envolvia uma complicada operação. Toneladas de equipamentos tinham de ser transportadas em caminhões por estradas de terra esburacadas a locais desprovidos de luz elétrica, onde os filmes eram projetados em galpões de madeira do modo mais bizarro: um gerador improvisado era alimentado pelo próprio caminhão, em cujo motor atava-se uma correia movimentada por sua roda traseira, suspensa no ar.

O progresso do cinema na matriz tinha reflexos curiosos nos trópicos. No Japão, a chegada do cinema sonoro no início dos anos 30 pusera um fim abrupto à profissão de benshi. Sabe-se que muitos países usavam explicadores na época do cinema silencioso, mas, como bem observa Donald Richie, em nenhum lugar essa figura adquiriu a importância que teve no Japão. Os benshi eram atores profissionais, frequentemente provindos do kabuki, cujo papel era traduzir ao espectador japonês os exóticos hábitos ocidentais, como o beijo na boca. Também cabia ao benshi construir uma história, quando o filme se constituía de vários fragmentos curtos, dando-lhe, ao final, um sentido moral. Vendo-se na rua da amargura, muitos desses explicadores, fiéis à profissão como verdadeiros samurais, não se conformaram, chegando a atitudes extremas. Foi o caso, por exemplo, de Heigo Kurosawa, um talentoso benshi de 27 anos que, ao ser demitido, se suicidou, conforme relato emocionado de seu irmão mais novo, Akira Kurosawa, que com ele aprendera a gostar de cinema. Outros benshi desempregados, porém, preferiram tentar a sorte no Brasil, onde o cinema mudo persistia e lhes ofereceria mais alguns anos de carreira.

Mas é claro que o ramo cinematográfico também progredia por aqui. No começo dos anos 30, o cinema japonês viu-se promovido da vida ambulante para teatros fixos, com a transferência da sede da Nippaku para a capital paulista. Em 1932, o bairro da Liberdade já contava com dois mil japoneses residentes, e essa população crescente garantia público para projeções a princípio avulsas, em salões alugados, e em seguida no cine-teatro São Paulo, que passou a incluir filmes japoneses em sua programação. As distribuidoras de filmes japoneses se multiplicaram, destacando-se, dentre elas, a Nippon Kinema, fundada por Kimiyasu Hirata em 1935. Nesse período, o público já tinha acesso a obras importantes de Minoru Murata, Shigeyoshi Suzuki, Tomotaka Tasaka, e há registro da projeção de algumas obras-primas, como A feiticeira das águas (Taki no shiraito, 1933), de Kenji Mizoguchi.

A próspera atividade foi, porém, subitamente interrompida com a entrada do Japão na 2ª Guerra Mundial, em 1941. Os japoneses do Brasil passaram a ser perseguidos, sobretudo após o governo Vargas romper relações diplomáticas com o Japão, em 1942. Muitos foram expulsos de suas residências na Liberdade, seus jornais e escolas foram fechados e seus núcleos culturais se esfacelaram.

Com o fim da guerra em 1945, os problemas começaram a se resolver, embora a rendição japonesa tenha originado sérios conflitos em meio à colônia nipônica. Parte dos japoneses (os kachigumi) se recusava a aceitar a derrota do país na guerra, opondo-se aos pragmáticos (os makegumi), que aceitaram a nova situação. Distúrbios e assassinatos na colônia nipônica impediram, por exemplo, o lançamento do filme Vida de artista (Ruten, 1937), de Buntaro Futagawa, que Hirata estava promovendo em 1946. Após associar-se a Saito, fundando a Nippaku Kogyo, Hirata finalmente conseguiu lançar o filme em 1947, no cine São Francisco, com grande sucesso. Começava um novo período de desenvolvimento para o cinema japonês no Brasil, em boa parte, é claro, em função de seu florescimento no Japão. De fato, entre os anos 40 e 50, o Japão se consolidou como o segundo maior produtor mundial de filmes, atrás apenas da Índia, e à frente dos Estados Unidos.


Cine Niteroi, em dois endereços. Grandes produções da Toei, entre elas a série Miyamoto Musashi, de Tomu Uchida

Além do São Francisco, vários cinemas em São Paulo passaram a exibir filmes japoneses. Mas não davam conta da oferta, gerando assim a necessidade de salas voltadas exclusivamente para a produção nipônica. É quando tem início a época áurea do cinema japonês no bairro da Liberdade, com a fundação em 23 de julho de 1953, por Yoshikazu Tanaka, do cine Niterói, na rua Galvão Bueno. O cinema de 1500 lugares ficava no andar térreo de um prédio de cinco andares, que abrigava ainda um hotel e um restaurante. O filme de estréia, Os amores de Genji (Genji monogatari, Kozaburo Yoshimura, 1951), era uma superprodução da Daiei, e o sucesso foi tal que, um ano depois, inaugurava-se um segundo cinema japonês na Liberdade, o cine Tóquio.

Percebendo o potencial do novo mercado, as produtoras japonesas decidiram distribuir diretamente no Brasil. Em 1958, o cine Tóquio passou a ser o exibidor da Toho que, no ano seguinte, transformaria o cine Jóia em seu lançador. O cine Nippon transformou-se no exibidor da Shochiku, e o Niterói, da Toei. Em 1962, o cine Tóquio passou a se chamar Nikkatsu, tornando-se exibidor exclusivo dessa produtora. Eram no total quatro cinemas japoneses que transformavam a Liberdade numa verdadeira Cinelândia nipônica.

Nos anos 60, era entretenimento regular entre a colônia japonesa – e sofisticado entre a classe artística brasileira – ir ao cinema na Liberdade. As chances eram grandes de se ver clássicos de Kobayashi, Kurosawa, Toyoda, Shibuya, Uchida, ou películas inovadoras de Shindo, Masumura, Sugawa, Shinoda, Teshigahara, Oshima. Mas no final da década já se notavam sinais de declínio, acompanhando a própria crise na matriz, onde as produtoras enfrentavam a dura concorrência da televisão.

Os cinemas japoneses da Liberdade começaram a sofrer transformações. Em 1967, o Nikkatsu fechou. Em 1968, o Niterói mudou de endereço, para dar lugar ao metrô, e passou a sobreviver de filmes do gênero yakuza, ou máfia japonesa. Em meados dos anos 70, a Toho encerrou sua distribuição no Brasil. Em 1980, com o fechamento do cine Nippon, a Shochiku passou a exibir seus filmes no Jóia, que também não resistiu muito, fechando em 1987. O Niterói ainda tentou sobreviver, mostrando pornochanchadas brasileiras para cumprir a lei de obrigatoriedade de filmes nacionais, mas acabou fechando um ano depois, em 1988. Era o fim da Cinelância da Liberdade.

Parte do texto “O Cinema Japonês em São Paulo” publicado no site de *Jo Takahashi.
*Jo Takahashi é consultor de arte e cultura na Japan Foundation, onde atuou por 25 anos como administrador cultural. Agora, migra esta experiência para a sua produtora independente, a Dô Cultural, que propõe um conceito design de formatar e desenvolver o projeto cultural.

O melhor texto sobre salas de cinema - Texto premiado

Por Francisco J B de Aguiar
Salas de Cinema de São Paulo
Para nós, habitantes das cidades do séc XX e XXI, cinema era e é coisa corriqueira, como supermercado: faz parte do dia a dia. Assim, uma crônica sobre cinemas será no mais das vezes um relato de miudezas, sem fatos extraordinários, experiência múltipla e difícil de organizar. Mas é desse material mesmo que se fazem as crônicas, então vamos tentar...
Nos anos 50, quando estreei a primeira calça comprida, alguns cinemas do Centro, como o Rivoli e o Normandie (atenção para os nomes!) eram ligeiramente solenes: exigia-se terno e gravata, inclusive dos meninos – pequena complicação que lhes garantiu um lugarzinho na memória dos garotos da minha geração. Eram também bonitos, com tapetes fofos, capazes de matar um asmático, e quando o filme era mais longo (lembro-me em especial de A Volta ao Mundo em Oitenta Dias, em que saí da sessão apaixonado por Shirley MacLaine, no papel de uma indiana deslumbrante), havia um intervalo no meio da sessão. Podia-se então ir comprar dropes (já ouviu falar?), chocolates e refrigerantes na bombonnière (era assim mesmo que a gente chamava o balcãozinho onde se vendiam doces) ou ficar ouvindo um pianista (havia um piano num palco em frente à tela), talvez última reminiscência dos tempos do cinema mudo. Quase um acontecimento!
Cine Rivoli, um importante cinema inaugurado em 1958
Já nos cinemas da Rua Augusta e da Consolação, perto de minha casa, não havia nada disto; cinemas de bairro, e havia montes deles naquela época em que se falava muito de viagem à Lua, mas nem o mais ousado futurólogo previa a invenção do DVD. Alguns ficavam em locais hoje bastante improváveis: um na Rua Turiassu, em Perdizes, ou numa rua tranqüila da Aclimação, outro na Vila Guarani... Esse, por sinal, acabou virando salão de baile e, como reforma custa caro, conservou a arquitetura de sala de cinema, em declive, mais parecendo uma pista de skate que um lugar para dançar.
Podia-se entrar no meio da sessão e ficar para a seguinte. Talvez as salas fossem mais escuras, ou talvez fosse um cabide de emprego, mas existiam “lanterninhas”, que te ajudavam a encontrar lugar, com uma luz bem fraquinha, para não atrapalhar quem já estava lá. Talvez fosse só uma questão de delicadeza.
Em vez de 20 minutos de trailers, 20 minutos de documentários. Eu gostava do Canal 100, mostrando jogos do Campeonato Carioca: as seqüências em que os jogadores apareciam em câmara lenta, articulando em silêncio palavrões tremendos, viraram mais tarde cenas hilárias do grupo Língua de Trapo. Em vez de desenho animado da companhia de seguros pedindo para desligar os celulares, o sinal de que o filme ia começar era dado por um gongo retumbante, que ocupava toda a tela. Logo depois aparecia ainda o certificado da Censura Federal, devidamente assinado. A censora Solange T. Hernandes, a “Dona Solange” de ingrata memória, acabou sendo até “homenageada” em uma música do Léo Jaime. Havia as matinées – e muitas nem eram de manhã – com filmes de Tom e Jerry (eu torcia sempre pro gato), Gordo e Magro, e do Carlitos, a que eu comparecia eufórico, acompanhado da babá.
Ao escrever esta crônica, percebo que minhas lembranças se prendem muito mais aos filmes; não tenho nenhuma recordação especial das salas, como não tenho, por exemplo, das lojas do Pão de Açúcar. Para não ser injusto, declaro, porém, que ainda guardo vagamente a imagem das cadeiras do cine Paulista, novinhas, brancas com riscas pretas como a gloriosa bandeira do nosso estado, vandalizadas pelo público de Rock Around the Clock, exibido dias antes. Bill Halley e seus Cometas anunciavam um novo tempo e eu, na inocência dos meus 6 anos, nem desconfiava.
Os gatos do cine Astor, hoje Livraria Cultura, andavam por todo canto, passeavam pelos guichês, faziam companhia à bilheteira e não miavam durante as sessões. O Comodoro na Avenida São João, lembrado pela inovação: parecia que você estava dentro da tela, no carrinho, descendo a Montanha Russa a 120 por hora. Uma amiga jurava que tinha assistido a 5 sessões seguidas para rever as imagens de um tsunami (atualmente é professora de Filosofia). As pessoas se abaixavam, gritavam... Além desses, o Marachá (onde arranjavam esses nomes?), na baixa Augusta, onde aconteceram por um tempo, às sextas feiras à meia noite, as memoráveis sessões malditas, ponto de encontro de uma tribo divertida e galhofeira, meio intelectual, meio de esquerda. O Bijou, na Praça Roosevelt, cinema de arte, onde assisti ao filme com o título mais bonito que já ouvi: “Vaghe stelle dell’Orsa...”, de Luchino Visconti. E as grandes salas do Centro, testemunhas dos tempos áureos da Sétima Arte: o Marabá (hoje tombado), o Ipiranga, com capacidade para quase 2000 espectadores, que já conheci transformado em refúgio de office boys que iam matar o tempo. Esses cinemas grandes tinham um andar de cima, com boa visão da tela, por sinal; para sobreviver, alguns foram divididos em 5 ou 6 salinhas, outros não resistiram à concorrência da TV e do Vídeo.
Nos cinemas japoneses da Liberdade, na São Paulo já cosmopolita dos anos 50, era possível ver filmes de grandes diretores como Kurosawa e Ozu, antes até que em Nova York ou Paris.
A história segue, agora com poltronas mais confortáveis, compra de ingressos pela Internet, mas os lugares não têm mais cara, como, também, os próprios shoppings que os abrigam. Muitas salas antigas viraram templos Pentecostais e outros que tais. Um amigo diz que crente não pode ver um cinema sem pensar logo em fazer uma Igreja. Vocação litúrgica de lugares onde, há mais de 100 anos, pessoas começaram a se reunir diante de uma tela prateada? Ou quem sabe é a religião que está ficando cada vez mais próxima do cinema? O espetáculo continua...

O LANTERNINHA

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BIBLIOGRAFIA DO SITE

PRINCIPAIS FONTES DE PESQUISA

1. Arquivos institucionais e privados

Bibliotecas da Cinemateca Brasileira, FAAP - Fundação Armando Alvares Penteado e Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - Mackenzie.

2. Principais publicações

Acervo digital dos jornais Correio de São Paulo, Correio Paulistano, O Estado de S.Paulo e Folha de S.Paulo.

Acervo digital dos periódicos A Cigarra, Cine-Reporter e Cinearte.

Site Arquivo Histórico de São Paulo - Inventário dos Espaços de Sociabilidade Cinematográfica na Cidade de São Paulo: 1895-1929, de José Inácio de Melo Souza.

Periódico Acrópole (1938 a 1971)

Livro Salões, Circos e Cinemas de São Paulo, de Vicente de Paula Araújo - Ed. Perspectiva - 1981

Livro Salas de Cinema em São Paulo, de Inimá Simões - PW/Secretaria Municipal de Cultura/Secretaria de Estado da Cultura - 1990

Site Novo Milênio, de Santos - SP
www.novomilenio.inf.br/santos

FONTES DE IMAGEM

Periódico Acrópole - Fotógrafos: José Moscardi, Leon Liberman, P. C. Scheier e Zanella.

Fotos exclusivas com publicação autorizada no site dos acervos particulares de Joel La Laina Sene, Caio Quintino,
Luiz Carlos Pereira da Silva e Ivany Cury.

PRINCIPAIS COLABORADORES

Luiz Carlos Pereira da Silva e João Luiz Vieira.

OUTRAS FONTES: INDICADAS NAS POSTAGENS.